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Luz amarela para micro e pequenas empresas

O excesso de crédito fácil na economia brasileira, que encanta as empresas em um primeiro momento, pode trazer conseqüências trágicas se o volume de negócios não permitir honrar os compromissos

A crise mundial está batendo à porta das empresas brasileiras! Deixá-la entrar é uma questão de posicionamento e clareza sobre o que pode determinar o sucesso ou o fracasso dos negócios nesse ano de crise financeira mundial. A luz amarela acendeu para micro e pequenas empresas. Cautela, sobretudo com os níveis de endividamento e plano de negócio consistente é o que vai determinar como as micro e pequenas empresas farão a travessia dessa tempestade. Como diria o ex-presidente Lula, a crise pode passar por aqui como uma “marolinha”.

O excesso de crédito fácil na economia brasileira, que encanta as empresas em um primeiro momento, pode trazer conseqüências trágicas se o volume de negócios não permitir honrar os compromissos. As médias e grandes corporações muitas vezes possuem reservas, garantias e grande capacidade de renegociar a sua dívida. As micro e pequenas não tem outro caminho a não ser colocar a sua estrutura produtiva para funcionar, de forma planejada e consciente de que ficar paralisado é o caminho mais perto para o buraco negro.

O próprio presidente do BNDS, Luciano Coutinho, tido como conselheiro de confiança da presidente Dilma, declarou nos últimos dias que o “empresariado brasileiro está numa posição muito pessimista”. Alexandre Tombini, presidente do BC brasileiro, reunido há duas semanas com representantes de bancos centrais de todo o mundo na Suíça, foi severamente alertado que a receita brasileira para sustentar o crescimento – crédito – está à beira de trazer trágicas conseqüências. Vale lembrar que o Brasil, juntamente com os emergentes China, Rússia, Índia, México e África do Sul, responderam por 75% do crescimento global nos últimos 4 anos.

Planejar é a saída. O micro e pequeno empresário brasileiro precisa sair da ciranda de tomada de crédito fácil e barato e alavancar o seu negócio através de recursos internos e próprios. O desafio é tirar proveito da crise que está batendo à porta e transformar o sinal amarelo em verde. A saída é potencializar a capacidade de gerar novos negócios com os clientes existentes, criar estratégias simples e baratas para conquistar os novos, administrar a sua margem operacional e exercitar a sua personalidade de empreendedor.

O momento é de fazer mai com menos, ou ainda dividir para multiplicar. Isso significa criar a maior quantidade possível de causas que geram os 3 grandes resultados em qualquer negócio: MAIS CLIENTES, MAIS VENDAS e MAIORES LUCROS. Os recursos humanos, tecnológicos e até financeiros devem ser distribuídos em 5 caminhos que produzem os 3 resultados tão sonhados. Nenhum negócio é capaz de se alavancar sem que o plano de ação envolva necessariamente estratégias para:

- CLIENTES POTENCIAIS OU PROSPECTS

- TAXA DE CONVERSÃO

- NÚMERO DE TRANSAÇÕES

- MÉDIA DE VENDA

- MARGEM

Se a empresa conhecer todos os seus números, um conjunto de ações desencadeadas em sinergia para aumentar em um simples 10% cada um dos 5 caminhos ou causas, elevará inevitavelmente o número de clientes em 21%, o faturamento ou vendas totais em 46% e o lucro em 61%.  O desafio dos homens de negócios é identificar o que fazer, como fazer e criar meios de medir os resultados do seu plano de ação.

Planejar é a saída e nunca foi tão necessário para o micro e pequeno empresário que recorreu ao crédito disponível no sistema financeiro, seduzido pelos juros atraentes e simplicidade da operação bancária. A conta vai chegar e apenas os recursos internos deverão ser mobilizados para produzir os resultados necessários, sob risco de integrar a estatística do Sebrae de que 80% das empresas não alcançam o 5º. ano de vida; ou ainda, dos 20% que superam os primeiros 5 anos de existência, 50% não alcançarão o seu 10º. ano de operação.

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