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País terá energia para crescer 7% a 8% ao ano

Estimativa é de Tolmasquim e também da Aneel

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, garantiu ontem que o país terá oferta de energia elétrica suficiente para atender a um crescimento da economia de até 7% a 8% por ano até 2014. Segundo Tolmasquim, a expansão da oferta prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5% ao ano até 2014, o que representará uma necessidade de um acréscimo da ordem de 3.700 megawatts (MW) médios por ano à capacidade instalada. No entanto, os excedentes de energia previstos são suficientes para suportar um crescimento maior, segundo o executivo. 

- A energia elétrica não é mais um gargalo ao crescimento da economia brasileira - destacou Tolmasquim. 

Durante um seminário sobre matriz energética no Brasil, realizado ontem pelo Ibre/FGV no Rio, Tolmasquim explicou que a previsão é que, entre 2011 e 2012, o excedente de energia fique entre 3 mil e 3,5 mil megawatts médios, o equivalente a 5% a 5,5% da carga total. 

Para 2013 e 2014, considerando o que foi contratado e a construção de usinas, o excedente deve variar entre 5,7 mil MW a 4,900 mil MW médios. Para o período, Tolmasquim calcula um excedente entre 8,6% e 7,1% da energia gerada no país. Todo esse excedente considera as usinas em construção ou já construídas. 


- Considerando o excedente de energia elétrica, o Brasil pode crescer 7% ao ano. - disse. 

O executivo informou ainda que, até 2019, 70% do volume necessário para os próximos dez anos estão contratados, considerando usinas em construção como as de Jirau e Santo Antônio no Rio Madeira, e a de Belo Monte, que no Rio Xingu. 

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, também reforçou que não faltará energia para manter um crescimento da economia de 8% ao ano.

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