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Reflexão: demonstrações contábeis e financeiras

Todos sabem que a crise financeira está diretamente ligada a ação de gestores e de contadores que manipulavam informações das empresas

Sempre serei um entusiasta do falecido Prof. Antonio Lopes de Sá, a quem tive a honra de ser  parceiro de idéias,  se ainda hoje estivesse entre nós veria a comprovação de suas teses e postulados, que sempre desconfiou da adoção dos princípios internacionais pela contabilidade brasileira, sem um estudo mais profundo.

 

Naquela época ele já informava sobre o gravame na Contabilidade, com reflexo nos Demonstrativos Contábeis e Financeiros das empresas brasileiras, sobre a citada adoção aos princípios internacionais, conhecedor da ciência como profissional, educador, escritor, pesquisador, palestrante e demais formação que se possa adquirir,  sempre informava sobre a cautela necessária e suas conseqüências sobre a ciência da contabilidade pois tais fatos poderiam alijar investidores, governos, sociedade, empreendedores, executivos, e profissionais que agregam valor a gestão empresarial.

 

Todos sabem que a crise financeira está diretamente ligada a ação de gestores e de contadores que manipulavam informações das empresas com reflexo direto nos demonstrativos contábeis e financeiros, visando obter maior lucro e conseqüentemente valorizar as ações negociadas em bolsa de valores, buscando assim uma majoração da ação no mercado investidor.

 

Citadas informações apesar de ser auditadas por auditores internos e independentes, serem arquivadas, analisadas e aferidas por agentes públicos, todos negligenciaram a veracidade das informações resultando no estoura da bolha financeira e conseqüentemente,  fragilizando diversas economias de países do primeiro mundo e dos emergentes.

 

A crise financeira poderá ainda prejudicar os programas governamentais dos eleitos e dos candidatos que deverão refletir a redução de receita pública nos orçamentos definidos e aprovados e isso tem reflexo direto nos agravos sociais e na sociedade em geral.

 

Quando os princípios e valores morais estão subavaliados diante do processo decisórios das empresas, a transparência e a veracidade cobram um preço elevado e deixam marcas inconfundíveis, para a sociedade, governos, instituições e empresas, e que os gestores e profissionais envolvidos possam apreender essa lição.

 

As constantes alterações legais implementadas na busca de demonstrar maior transparência das ações dos gestores devidamente mensuradas nos registro da contabilidade, representam o real sentimento que o mercado investidor demonstra exigindo uma postura mais atualizada dos profissionais envolvidos.

 

Sabemos que no Brasil, há um grande número de empresas que não tem suas ações negociadas em bolsa de valores, em sua maioria são empresas são MEI’s, micros, empresas de pequeno porte e médias, mas toda a legislação pertinente é derivadas da legislação existente, ou seja, as alterações decorrentes do Decreto 11.638/2007, são relevantes para todas as empresas mesmo com tratamento personalizado pelo CPC.

 

A mudança da cultura americana, para a cultura européia representa um marco delineado da busca de mudanças, o que não podemos afirmar sua positividade somente após as regulamentações pelo CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que deve implementar adequações e melhorias junto a cultura da contabilidade no aspecto doutrinário e prático das empresas.

 

Obstante a esse fato, após leitura das informações do New Letter da Dow Jones, onde ressalta que o presidente do FED, Ben Bernake, está deverasmente preocupado com algumas regras contábeis para investimento, pois segundo o mesmo os agentes reguladores podem precisar modificar as regras contábeis e de capital para evitar que elas acentuem exageradamente os movimentos de alta ou de queda dos mercados.

 

Quando a legislação trata da atualização monetária das rubricas inseridas no ativo e no passivo das demonstrações contábeis das empresas, segundo interpretações da preocupação do FED, poderá ser utilizados pelos químicos e alquimistas para apresentar situação favorável em momento oportuno para elevação e valorização das ações e mais oportuno ainda para o momento de deságio, ficando o mercado de investidores muito mais dependente do humor de seus gestores, resultando no maior perigo para a economia globalizada.

 

Na interpretação dos estudiosos de plantão, o FED não acredita em transparência nem tão pouco na veracidade dos demonstrativos contábeis, e muito menos ainda na boa intenção dos gestores e profissionais, que já demonstração ao longo do tempo e pelos exemplos práticos, que não são merecedores de credibilidade.

 

Consta no Jornal Folha de São Paulo, do dia 18/11/2010:

 

“Com todos já sabem, Bernard Madoff, realizou a maior fraude financeira da história, mas ficou comprovado que outros  ajudarão a elaborar o seu crime épico.”

 

“Um castelo de cartas quase nunca é obra de apenas um arquiteto, outro seis colaboradores estão também respondendo pela fraude, seu braço direito, dois executivos, dois especialista em Informática e o CONTADOR.”

 

Após o período de carnaval o Brasil começa a trabalhar e possivelmente a tratar com mais seriedade e profissionalismo os efeitos catastróficos dos últimos escândalos, Políticos e Financeiros, que vitimou diversas economias, e conseqüentemente diversas grandes empresas e instituições financeiras tradicionalmente conhecidas pela sua grande importância para a economia globalizada.

 

A sociedade organizada tem exercido o seu direito de protesto, implicando em diversas economias dos países denominado do primeiro mundo, exigindo desses governos tratamento diferenciado e personalizado em face de suas  propriedades que englobam suas  economias.

 

A maior economia do mundo, juntamente com a segunda maior economia, conseqüentemente, Estados Universo da América e a China são exemplo da voracidade dessa crise financeira.

 

O investidor ficou deverasmente sensível a leitura e interpretações desses demonstrativos por profissionais inescrupulosos que tinham a nítida intenção de se aproveitar de uma determinada situação em detrimento a prejuízos causados a outrem, e devidamente respaldados por agentes e órgãos governamentais.

 

 

 

 

As regras de contabilidade, especificamente as de marcação ao mercado, precificação diárias dos títulos, provocam debates acalorados, podendo resultar em atribuir um preço para os ativos sem liquidez que faculta em facilidade de negociação, podendo ocasionar uma crise mais alarmante que a que estamos sentindo.

 

Como muitas instituições e auditores, podem confirmar, determinar o valor apropriado de ativos em liquidez pode ser muito desafiador, especialmente em um mercado altamente estremecido e volátil que é o mercado de ações.

 

Os mercados financeiros estão hoje muito mais ágeis e interligados do que no passado. A globalização e os avanços tecnológicos exacerbaram os efeitos das bolhas dos mercados (quando os preços sobem de forma exagerada) sobre as economias dos países. Diariamente, trilhões de dólares migram de um país para outro, em busca de investimentos lucrativos. As bolhas são cada vez mais freqüentes.

 

Apesar da existência de regulamentações e punições excludentes, os profissionais e gestores não se intimidam, pois a presunção de impunidade paira em seu entendimento e acreditamos que somente o tempo poderá ser um delineador agregado a uma educação com qualidade poderão fazer a diferença.

 

Somos vítimas e executores de uma educação fragilizada, de uma sociedade perdida em seus conceitos e valores, mas mesmo assim devemos acreditar que haverá uma luz no final do túnel e que quiçá possamos desfrutar de citadas melhorias.

 

Acredito que o leitor deve ter percebido que somos vitimas da grande divida pública com a educação, pois os acontecimento que a mídia nos apresenta é a prova concreta das conseqüências desse desinvestimento ao longo do tempo, que somente agora estamos tendo a oportunidade de perceber o gravame que isso representa.

 

O partido governista tem demonstrado isso, através de maior transparência das conseqüências da ausência desses investimentos em educação de qualidade, pois sabemos que o mesmo está buscando todos os esforços para minorar o grande prejuízo ocasionado por governos anteriores.

 

Observa-se nas propagandas dos partidos, a sociedade se obriga a visualizar esses programas sem um mínimo de critério e respeito pelo cidadão, se degladiam e se acusam mutuamente, com a finalidade de tirar o maior proveito da frágil educação da sociedade.

 

Somente agora podemos perceber com clarividência a grande dívida pública existente, o Brasil precisa de educação de qualidade o mais breve possível, caso contrário estaremos numa situação decadente com todos os meios e recursos para necessário e existentes para a tão sonhada estabilidade econômica.

 

A própria mídia, anda decadente, pois os programas existentes são classificados conforme a aceitação da sociedade, programas televisivos e radiofônicos que exploram a própria ausência de valores individuais da sociedade.

 

Um simples julgamento do Supremo Tribunal Federal demonstra através das apresentações da fala desses ministros a necessidade de mudança, e pasmem, para discutir o óbvio, numa clara alusão de que estamos perdendo a noção básica de determinada liberdade democrática.

 

 

A base da pirâmide tem hoje, melhores oportunidades, podendo até mesmo ter voz nas grandes oportunidades que possa permitir a sua inserção, ás vezes a voz do povo ao se tornar popular pode declinar soluções mais aprazível a sociedade, já que é a única a sentir na pele qualquer programa que lhe afete.

 

O aumento da violência é uma conseqüência da inexistência de melhores condições de educação da sociedade, daí tenho convicção de que o continuísmo representou a melhor escolha para o Brasil, e se a voz do povo é a voz de Deus, caba a ele (povo) a melhor escolha de conformidade com seus valores.

 

AGORA, não devemos esquecer que a COBRANÇA popular deverá existir de modalidade muito transparente, ou seja, o brasileiro deve melhorar de vida tendo em vista as riquezas existentes, ou o grande problema está no sistema.

 

Se o poder está com o POVO deverá ele escolher qual o melhor sistema a seguir através de um plebiscito, após, devida realização de um diagnóstico e de um planejamento estratégico sustentável, do futuro da nação Brasil.

 

Talvez o artigo não lhe toque, mas a leitura em suas entrelinhas, e do seu entendimento eclético poderá iluminar para a busca de maior capacitação e qualificação dentro de uma educação continuada, pois, acredite, em qualquer “local” que se encontrar isso poderá muito lhe ajudar.

 

 

 

 

ELENITO ELIAS DA COSTA
Contador, Auditor, Analista Econômico Financeiro, assessor e consultor empresarial, Instrutor de Cursos do SEBRAE/CDL/CRC, Professor Universitário, Professor Universitário Avaliador do MEC/INEP do Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, sócio da empresa, Irmãos Empreendimentos Contábeis S/C Ltda, consultor do Portal da Classe Contábil, Revista Contábil Netlegis, articulista da Interfisco, Clube dos Contadores, Contadores,autor de artigos publicados no Instituto de Contabilidade do Brasil, CRCBA, CRCPR, CRCMS, CRCRO,CRCSP,CRCRJ,CRCCE, IBRACON (Boletim No. 320), CTOC-Portugal, autor de livros editados

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